
Ao longo de décadas de estudos por todo o mundo sobre a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) pós-menopausa, várias reviravoltas aconteceram. Atualmente, a grande indicação de TRH é para o alívio dos fogachos. Outra possível indicação é para o “envelhecimento” da região genital (que pode se manifestar como ressecamento vaginal, dores na atividade sexual, falta de lubrificação, ardência recorrente ao urinar, entre outros sintomas). Para cada uma das indicações, existe uma combinação ou forma de usar mais adequada (como gel, spray, adesivo, via oral etc.).
Mas afinal, o que de fato é a TRH? Explicando brevemente, a TRH nada mais é do que a reposição em baixas doses dos hormônios que a mulher produz e que a partir da menopausa, passa a não produzir mais: estradiol e progesterona. O grande responsável pelo alívio dos fogachos é o estradiol. Atualmente recomenda-se que ambos sejam dados de preferência em sua forma natural (moléculas idênticas às naturais).
Dentre os grupos que não podem fazer a TRH, estão as mulheres que já tiveram câncer de mama, trombose, infarto, entre outros problemas. Há também outros benefícios com a TRH não detalhados aqui para não alongar muito o tópico, como melhora e proteção dos ossos, melhora do colesterol, da glicemia e da pele, entre outros.
E sobre a época correta para iniciar? Existe isso? Sim, existe sim. A TRH pode ser iniciada desde que se identifica a menopausa até 5 anos depois. Entre 5-10 anos após o início da menopausa, pode-se individualizar os riscos e benefícios do tratamento e, após 10 anos, evitar, pois sabe-se que pode haver aumento do risco de infarto ou AVC e outros problemas.
*Lembrando que este tratamento jamais deve ser feito sem acompanhamento médico.