Se for para responder apenas sim ou não, a resposta é sim, o jejum intermitente funciona. Acredito que a polêmica em torno desse assunto se deve ao fato de muita gente alegar vários outros efeitos além da perda de peso, como modulação do sistema imune, regeneração celular, atividade antiinflamatória, redução do stress oxidativo, entre outros. A grande questão é que esses efeitos foram vistos modelos animais, portanto não se pode concluir que o mesmo acontecerá em humanos.

 

Em relação ao peso, até hoje não se identificou qualquer razão adicional para a perda de peso diferente da simples redução calórica, modelo tradicional em que várias dietas diferentes se baseiam. Como funciona este modelo? Basicamente, a ideia é promover um déficit calórico, ou seja, gasta-se mais energia do que se ingere, resultando em uma conta negativa que leva à perda de peso. O jejum intermitente funciona para emagrecimento exatamente por este motivo – ao reduzir a ingesta alimentar por longos períodos, acabamos gastando mais energia do que ingerimos, levando à perda de peso.

 

Acredito que a consideração mais importante a se fazer para se optar por este ou outro modelo de alimentação não é seu resultado, e sim se você se adapta bem a ele ou não. Se feito da maneira correta, tanto este quanto outros modelos alimentares funcionarão. Algumas perguntas que você pode se fazer no sentido de verificar se essa é uma boa escolha para você: Será que vou me adaptar a esse modelo? Consigo ficar longos períodos sem comer e sem sensação desconfortável de fome? Ao sair do jejum, tenho apetite muito voraz, a ponto de comer por todo o período do jejum?

 

Lembre-se (frase “manjada” que vou ter que repetir): a melhor dieta para você é aquela que você consegue seguir.